quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Mas o que quase morreu, ainda vive..



"Então, acontece o término. O separar de corpos tão fraco quanto um assopro num furacão. Palavras sujas cuspidas nos rostos. E olhos lacrimejando. Mas sem choro. Lágrimas só caem após alguém virar as costas. O choro só aparece naquelas madrugadas solitárias quando de repente um filme, uma música, um cheiro ou qualquer coisa estúpida invade o quarto te trazendo pra cá. 

E eu, que achava já superado, tremo só de olhar fotos antigas e me mordo ao ver sorrisos que pareciam eternos. Lembra? Vasculho lembranças quase mortas aqui. Mas o que quase morreu, ainda vive. E quando vive, arde e pulsa como se fosse a primeira vez que te via sorrir, fechando os olhinhos como uma linda criança indefesa (...)"

Hugo Rodrigues